

PROJETO
OÁSIS PARA CRIANÇAS SURDAS: impulsionando direitos linguísticos
Ações antiprivação linguística
Histórico:
(Ações antiprivação linguística)
O nome do projeto foi pensado com a ideia de que todos os espaços precisam ser ambientes seguros e acessíveis para crianças surdas em que elas possam se desenvolver e brincar. É importante que a criança tenha uma sensação constante de pertencimento em sua comunidade, por isso é fundamental que se pense em espaços sem uma lógica de ilhas possíveis, mas que todos os espaços possam acolher a criança surda. Guerretta (2023) discute o termo dépaysée para trabalhar a ideia frequente nas comunidades surdas de se sentir sem lugar, sem país. As comunidades surdas são bastante impactadas por esse sentimento, dado que são compostas por cidadãos deste país, mas muitas vezes não se sentem vistos como cidadãos com direitos. O objetivo do nosso projeto é trabalhar em um programa de pesquisa que estude os impactos da privação de direitos, especialmente linguísticos, e participe de ações para coconstruir mudanças para essa situação.
Em 2022, o SOPA-Lab iniciou uma série de ações de divulgação por meio de vídeo, em sua conta do instagram @sopa_lab para começar um diálogo sobre a necessidade de ampliar espaços em que a libras esteja presente. Estas ações fomentaram um projeto liderado pelas professoras Clarissa Guerretta e Marília Lott conforme descrito abaixo. Em 2025, estamos iniciando um projeto de extensão para ampliação de repertório literário em libras.
Libras para famílias de crianças surdas
O objetivo do projeto é fomentar o uso de libras no dia a dia das famílias com crianças surdas de forma que a criança tenha uma experiência linguística plena, podendo interagir com sua família e outras pessoas do seu entorno não só nas rotinas diárias, mas falar também sobre seus desejos, memórias e expectativas. Há diferentes formas de alcançar esse objetivo, uma delas sendo a criação de materiais em libras sobre temas da rotina infantil, temas presentes em histórias infantis que possam ampliar o repertório da família e incentivar a interação e a leitura compartilhada. Há interesse de no futuro participarmos de propostas de um curso de libras voltado para as famílias de crianças surdas. Por enquanto, seguimos estudando diferentes propostas utilizadas no Brasil e também fora, que possam nos ajudar a construir ações que de fato impulsionem a sinalização dentro das famílias. Outro campo de pesquisa é a presença da literatura infantil na vida de crianças surdas sinalizantes. Como tem acesso a esse material? Quem lê? Qual a presença dessa atividade na rotina infantil?
EQUIPE

Marília Uchôa C. Lott de M. Costa

Clarissa L. B. Guerretta

Daniela Silva Santos

Walter Dias Sueth Netto

Renan de Gouvêa Pessôa

Maria Clara Castelo Branco
